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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

C. 196 - TERTULIANO COMEÇA A ESCREVER LIVROS CRISTÃOS

s


C.. 196

"O sangue dos mártires é a semente da igreja."

"É certo por ser impossível." "O que Atenas e Jerusalém têm em comum?"

Frases mordazes como essas eram típicas das obras de Quinto Septímio Florente Tertuliano 
ou simplesmente Tertuliano. Nativo de Cartago, foi criado em um lar de cultura paga e educado nos clássicos da literatura, na arte de discursar e em Direito. Por volta do ano 196, quando voltou seu poderoso intelecto para os tópicos cristãos, Tertuliano mudou o caráter do pensamento e da literatura da igreja ocidental.
Até esse ponto, a maioria dos escritores cristãos usava o grego — uma língua flexível e sutil,
perfeita para filosofar e para discutir ninharias. Os cristãos de fala grega geralmente aplicavam a propensão filosófica à sua fé.
Embora Tertuliano, um africano, soubesse grego, preferia escrever em latim. Suas obras
refletem a inclinação romana para a praticidade e para enfatizar a moral. Esse influente advogado atraiu muitos outros escritores para sua língua favorita. Enquanto os cristãos gregos discutiam a divindade de Cristo e sua relação com o Pai, Tertuliano buscava unificar a fé e esclarecer a posição ortodoxa. Em função disso,criou uma fórmula bastante útil que é usada ainda hoje: Deus é uma única substância, consistindo em três pessoas. Ao introduzir a fórmula o que se tornou a doutrina da Trindade, Tertuliano extraiu sua terminologia não dos
filósofos, mas dos tribunais romanos. A palavra latina substantia não significava "material", mas carregava a idéia de "direito à propriedade". A substantia de Deus era o seu "torrão", por assim dizer. A palavra persona não significava "pessoa", do modo como usamos a palavra. Ela se referia a uma das partes na ação legal. Conforme esse uso, o termo permite que seja concebível que três personae pudessem compartilhar a mesma substantia. Três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) compartilham uma substância (a soberania divina).
Embora Tertuliano tivesse perguntado "o que Atenas [afilosofia] e Jerusalém [a igreja] têm em comum?", a filosofia estoica, bastante popular em sua época, causou grande influência na vida de Tertuliano. Alguns dizem que a idéia do pecado original passou do estoicismo para Tertuliano e depois para a igreja ocidental. Tertuliano parece ter pensado que, de alguma maneira, a alma era material: assim como o corpo é formado pela concepção, o mesmo acontece com a alma. O pecado de Adão é passado adiante como um traço genético. A igreja ocidental passou a defender essa idéia, mas isso não aconteceu com a igreja do oriental Pintura que retrata Tertuliano (que assumiu visão mais otimista da natureza humana). Por volta do ano 206, Tertuliano deixou a igreja para se juntar aos montañistas, grupo de "puristas" que reagiu contra o que consideravam uma frouxidão moral entre os cristãos. Eles esperavam que a Segunda Vinda acontecesse logo e passaram a ressaltar a liderança imediata do Espírito Santo, e não a do clero ordenado.
Embora Tertuliano tivesse começado a enfatizar a idéia da sucessão apostólica — a passagem do poder e da autoridade apostólica aos bispos —, ficou perturbado pela afirmação dos bispos de que tinham poder para perdoar pecados. Ele acreditava que isso levaria à frouxidão moral, assim como afirmou que isso se tratava de grande presunção por parte dos bispos. Além do mais, pensava, não seriam todos os crentes sacerdotes? Seria a igreja formada por santos que dirigiam a si mesmos ou uma turba de santos e pecadores administrados por uma "classe" profissional, o clero? Tertuliano lutava contra forças poderosas. Por mais de 1 200 anos, o clero teria um lugar especial. Somente depois de Martinho Lutero ter desafiado a igreja é que "o sacerdócio de todos os crentes" foi defendido outra vez.

Fonte: 1991, de  de Christian History Institute,Título do original · The 100 most important events in Christian history, edição publicada pela Fleming Η. Revell, um selo da Baker Book House Company 
Imagem: Google 

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